terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O início das complicações.

Se na infância queremos mais que tudo sermos iguais aos outros, na adolescência desejamos sermos diferentes. É evidente que isso nos direciona a buscar individualidade. É fato também que isso provoca um aumento da solidão, que pede um grande amor, um encaixe para sua solidão continua. O grande amor é fantasiado como uma coisa extraordinária, fato que também agrada a vaidade, que faz com que seja uma forma de ser especial e único a dois. A vaidade traz esse esforço da preocupação com a aparência física, com os sinais externos de posição social e traz consigo uma nova dor, a humilhação. Não sei se a humilhação é um sentimento novo aglomerando neste coraçãozinho confuso, mas, durante o período infantil, sentir-se baixo, ser colocado num plano mais submisso, o fato de perder uma disputa, tudo isso dói muito menos que na fase adulta. Ter sucesso faz bem para a vaidade, porém fracassar, é uma humilhação terrível. Isso vale para qualquer assunto. De futebol, para o vestibular e assim por diante. A dor é forte. E onde existe dor forte, costumamos levar as coisas a sério, porque queremos nos proteger contra esse terrível sentimento, tentar evitá-la. Essa forma, a partir da puberdade todas as coisas sérias que antes era um treino passou a ser um jogo válido pelo campeonato. A partir daí, tudo é para valer. É evidente também que ninguém se acha perfeito e completamente equipado para esse jogo. Ninguém acha que Deus foi suficiente generoso e lhe deu tudo com que sonharia. Uns se dizem baixos demais, outros, que seu nariz é muito grande, para outros, o problema é o corpo que não é esbelto. Alguns se revoltam contra a posição social e econômica da família, se tornam adolescentes difíceis e , quase sempre, buscam nas drogas e nas turmas de colegas o consolo. Buscam a saída errada. A época é difícil mesmo, tudo dá medo, mas é preciso ter coragem e força no interior para conseguir passar por esse desafio. Ah, fé em Deus que Ele é justo. Se você nasceu desproporcional, tem um motivo por trás disto, não duvide!

Nenhum comentário:

Postar um comentário