Perdi-me nos meus pensamentos.
Pensei, um dia, que não me encontraria sem me definir. Que uma ilusória segurança me iria segurar ao menos difícil e confuso do ser humano. Que enfiar as diferentes partes da minha vida em prateleiras, devidamente catalogadas, seria o passo mais simples e o único válido para prosseguir sem um aperto no peito.
Houve quem me dissesse que não é preciso estarmos rotulados. Que os sentimentos e desejos não são básicos, que a natureza humana não é assim tão simples. Aceitei-o como lógico mas não mas não concordei, cá no fundo. Precisava de me "definir", precisava de sentir que era X ou Y ou que pertencia ao grupo A ou B. Mas a natureza humana não é mesmo nada linear. E percebi que se calhar não pertenço nem a A nem a B... Mas não consigo obter todas as respostas às perguntas que me perturbam.
Procuro compulsivamente encontrar pistas em mim sobre quem sou. E ando em círculos na minha própria cabeça. Algo que me entristecia tanto antes e que foi acalmado por estradas da vida, por dias e chuva, hoje foi reacendido pela minha essência, que não consigo evitar, esconder de mim mesma. E logo aí, insisto em catalogar-me. Em perguntar se este rótulo, onde me colei, corresponde à pessoa que sou.
Ouvi que pode ser apenas "vontade de estar triste". Será possível? Será que desejo complicar, para descomplicar o que me custa viver? E estar assim, de novo, profundamente triste por outros motivos? Será que é como uma droga e afinal, os rótulos até nem têm a importância que insisto em atribuir-lhes?
Mas falta-me. Falta-me realmente descobrir, porque sei o que sinto. Falta-me sentir o cheiro, o sabor, a atitude, a forma do que sei que sinto, apesar de não me contentar com isso apenas. Conjugação de formas e letras é o que sei que me faz falta. Talvez mais de umas do que outras. Por momentos apenas algumas, noutros momentos, outras diferentes...
Pensei, um dia, que não me encontraria sem me definir. Que uma ilusória segurança me iria segurar ao menos difícil e confuso do ser humano. Que enfiar as diferentes partes da minha vida em prateleiras, devidamente catalogadas, seria o passo mais simples e o único válido para prosseguir sem um aperto no peito.
Houve quem me dissesse que não é preciso estarmos rotulados. Que os sentimentos e desejos não são básicos, que a natureza humana não é assim tão simples. Aceitei-o como lógico mas não mas não concordei, cá no fundo. Precisava de me "definir", precisava de sentir que era X ou Y ou que pertencia ao grupo A ou B. Mas a natureza humana não é mesmo nada linear. E percebi que se calhar não pertenço nem a A nem a B... Mas não consigo obter todas as respostas às perguntas que me perturbam.
Procuro compulsivamente encontrar pistas em mim sobre quem sou. E ando em círculos na minha própria cabeça. Algo que me entristecia tanto antes e que foi acalmado por estradas da vida, por dias e chuva, hoje foi reacendido pela minha essência, que não consigo evitar, esconder de mim mesma. E logo aí, insisto em catalogar-me. Em perguntar se este rótulo, onde me colei, corresponde à pessoa que sou.
Ouvi que pode ser apenas "vontade de estar triste". Será possível? Será que desejo complicar, para descomplicar o que me custa viver? E estar assim, de novo, profundamente triste por outros motivos? Será que é como uma droga e afinal, os rótulos até nem têm a importância que insisto em atribuir-lhes?
Perdi-me no que penso, no que sinto. No que é realmente importante pensar e sentir.
Sei o que sinto. E penso que algo que fosse realmente insignificante não teria estes efeitos tão perturbantes. O que me faz confusão é que as siglas, os rótulos, as etiquetas e as definições não chegam para mim. Pertencerei ao abecedário? Serei apenas eu? (Definição-EU... parece-me bem...)Mas falta-me. Falta-me realmente descobrir, porque sei o que sinto. Falta-me sentir o cheiro, o sabor, a atitude, a forma do que sei que sinto, apesar de não me contentar com isso apenas. Conjugação de formas e letras é o que sei que me faz falta. Talvez mais de umas do que outras. Por momentos apenas algumas, noutros momentos, outras diferentes...
Perco-me constantemente. No silêncio dos meus pensamentos.
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